Souza


O sobrenome Sousa, ou a comum variação Souza, de origem portuguesa, não se sabe ao certo de qual palavra ele se originou, uns acreditam que provem do latim saucia, que significa pedra, já outros dizem que provem de saza, que por sua vez significa seixo, coincidentemente ou não Sousa também é nome de regiões de Portugal, em que estão um rio chamado Sousa, cuja origem é a palavra latina saza, e próximo ao rio há uma povoação chamada Souza, na qual tem sua origem na palavra latina saucia.

Rio Sousa

Rio Sousa




Nascente: Friande, concelho de Felgueiras
Foz: Rio Douro, na freguesia de Foz do Sousa, concelho de Gondomar
Afluentes: Rios Ferreira e Cavalum
Extensão: cerca de 65 km


«A igreja do Mosteiro de S. Salvador está num rebaixo plano e arborizado, passa mesmo ali ao lado um ribeirito que irá desaguar no Rio Sousa. A tarde está no fim, e ainda bem. Esta é a atmosfera que convém, cinza sobre verde, rumor de águas rápidas. A chave vem dá-la o próprio padre. O viajante, se tivesse de confessar-se, acusar-se-ia de negra e vesga inveja. É que todo este sítio, sem particulares grandezas, é dos mais belos lugares que o viajante tem visto.» (José Saramago).


Há um ponto no rio Sousa em que vale a pena passar: o chamado Salto do Sousa, onde o rio corre furioso entre duas enormes escarpas, e passa ao lado de uma ermida chamada Senhora do Salto. O nome do rio deu origem às Terras de Sousa de onde provém o mesmo apelido.

De acordo com Pedro de Azevedo (História da Colonização Portuguesa do Brasil, 1924), Sousa vem do nome de um pequeno rio no distrito do Porto, mencionado em documentos, desde o século 10, como Sausa. Uma família da região, com vastas propriedades, adotou o nome Sousa. No século 13, Martim Afonso (1250-1313), filho bastardo do rei D. Afonso III, casou-se com a herdeira da casa e tomou a descendência do nome.

Rio Sousa
As referências mais antigas sobre esta família citam a região próxima ao rio Sousa na qual, entre século VIII e XI, os seus donos passaram assimilar para si o nome do rio, desta linhagem gerou-se o ramo nobre da família, que tinha uma parentela com os reis de Castela, Leão e com antigos reis visigodos, por isso em alguns brasões da família Souza se vê alusões as armas de Castela e Leão.

Acima os dois mais comuns brasões da família Sousa de Portugal, sendo o primeiro, em prata, mais usado pela família Souza e o segundo, em vermelho, assimilado a família Sousa.

Variação gráfica do original Sousa, sobrenome português classificado como sendo um toponímico, deriva do latim Saxa (Seixos ou rochas). Ele também pode ser associado ao nome de uma espécie de pombo bravo, que no século XI foi registrado como Sousa.

Uma das mais antigas e ilustres famílias de Portugal, traçada até dom Sueiro Belfaguer, cavaleiro godo que viveu nos primeiros anos do século VIII. Dom Egas Gomes de Souza foi o primeiro a usar o sobrenome, por ser dono do Solar de Souza. Seu 12º neto foi Martin Afonso de Sousa, comandante da expedição que fundou o primeiro núcleo de colonização e donatário da capitania de São Vicente. Era primo de Tomé de Souza, o primeiro governador-geral do Brasil.

Procedem de Martim Afonso Chichorro e de Afonso Dinis, filhos de el-rei D. Afonso III, que casaram com duas netas de Mem Garcia de Sousa, neto do Conde D. Mendo, o Sousão, em quem veio ficar esta família. É solar desta família a vila de Arrisana de Sousa que fundou D.Fayão Soares, tronco deste sobrenome.

Deve-se destacar que o sobrenome Souza por si já é uma variante do original Sousa. Podemos encontrar alternativas como Sosa, Sousa, Sousão, todos advindos da mesma família.

O brasão da família Souza tem como cor predominante o vermelho. Ele é dividido em quatro quartos onde o primeiro e o quarto representam armas antigas do reino de Portugal e o segundo e terceiro de com uma caderna de crescentes de prata. Este é um sobrenome que também possui um brasão fácil de ser reconhecido, sem muitas diferenças das características base.




Souza/Sousa: Sobrenome de origem toponímica. Rio e Povoação de Portugal. Cortesão tirou, com dúvida, da baixa latinidade Sousa, Saucia, ou Socia, que significaria "Rocha". Sousa [forma documentada no ano de 924], Souza [com z], Socia [documentado em 1088].

Leite de Vasconcelos tirou do latim saza, seixos, o que traz dificuldades fonéticas. Outros derivam de Salsa, donde Souza, o que não apresenta dificuldade fonética. Cortesão faz diferença entre Sousa, nome do rio, e Souza, nome da povoação, derivando aquele de saza e este de Socia (Antenor Nascentes, II, 286). 

Uma das mais antigas e ilustres famílias de Portugal. Felgueiras Gayo, em seu Nobiliário das Famílias de Portugal (Tomo XXIX), usando o Nobiliário do Cazal do Paço, principia esta antiquíssima família em D. Sueiro Belfaguer, antigo cavaleiro godo, que floresceu nos primeiros anos do século VIII, ou pelos anos de 800. Foi filho, segundo as melhores opiniões, de D. Fayão Theodo ou Theodosio (que foi bisneto em varonia de Flavio Egica, Rei da Espanha) e de sua esposa Sona Soeira, filha de D. Soeiro, Príncipe Godo. Felgueiras Gayo informa ser a mais antiga família que se encontra na Espanha Portuguesa. O primeiro Solar que teve esta Família foi na Comarca de Vila Real entre o Rio Tua e Tamega, em a terra chamada Panoyas, nome que lhe ficou de uma Cidade assim chamada pelos romanos, situada junto ao lugar de Val de Nogueiras, em cujas ruínas se encontram descrições com letras romanas. O segundo Solar desta Família, de onde se tirou o sobrenome, fica em Entre Douro e Minho, no contorno do Concelho de Rio Tamaga, denominado - a terra de Souza - regada do Rio Souza, que, nascendo por cima do Mosteiro beneditino de Pombeiro, recebe outras águas, e corre até se incorporar com o Rio Douro, muito abaixo de ambos os rios, sendo o Tamega o último que recebe duas léguas antes da Cidade do Porto. O sobrenome Souza não surgiu, senão muito depois de principiar esta família, conforme vimos, em D. Sueiro Balfaguer, que deixou numerosa e ilustre descendência do seu casamento com D. Munia - ou Menaya - Ribeiro, descendente dos condes de Coimbra, e por varonia, descendente de Sizebuto, filho de Witissa, penúltimo rei godo. Foram quarto avós de D. Gomes Echigues, que floresceu pelos anos de 1030. Homem de muito valor, que combateu em Santarém, onde, com sua lança, deteve o Rei de Castela D. Sancho e o venceu. Foi Governador de toda a Comarca de Entre Douro e Minho, por nomeação do Rei D. Fernando, pelos anos de 1050. 

Comprou o Lugar de Felgueiras, junto a Pombeiro, a Payo Moniz, pelo preço de dois bons cavalos, em 04.1039. Fundou o Mosteiro de Pombeiro, de religiosos beneditinos, pelos anos de 1040. Achava-se em Guimarães pelos anos de 1052. Próximo às terras de Pombeiro, estava o Solar de Souza. Deixou numerosa descendência do seu cas. com D. Gontrode Moniz, filha de D. Munio Fernandes de Touro [filho do Rei D. Fernando de Castela]. Por este casamento, a família Souza entrou para o sangue Real de Navarra, de quem descendem os Reis de Castela e Portugal. Entre os filhos deste último nobre cavaleiro, registra-se D. Egas Gomes de Souza, que foi o primeiro que usou este apelido Souza, na forma de nome de família, por ser nascido, criado e, depois, Senhor das terras de Souza, Solar dessa família. Foi, ainda, Senhor de Novella e Felgueiras. Governador de toda a Comarca de Entre Douro e Minho. Sendo Capitão-General, venceu em batalha, com muito valor, ao Rei de Tunes, junto a Beja, o que lhe valeu o acrescento aos Bastões de Aragão, antiga composição de suas Armas, as quatro luas crescentes que o rei de Tunes trazia nas suas bandeiras. Deste descendem todos os Souzas, de Portugal e Brasil - salvo para aquelas famílias que em algum tempo adotaram este sobrenome, por apadrinhagem, etc. Deixou numerosa descendência, pela qual corre o sobrenome Souza, por seu cas. com Dona Flamula - ou Gontinha - Góes, filha de D. Gonçalo Trastamires da Maia e de Dona Mécia Roiz. Entre os descendentes deste casal, de interesse para o Brasil, registram-se principalmente: 

I - a sexta neta, Ignez Lourenço de Souza, que deixou numerosa descendência do seu casamento com Martim Afonso Chichorro, filho bastardo do Rei D. Afonso III [1248-1279], de Portugal. 

II - o décimo segundo neto, Martim Affonso de Souza [1500 - 21.07.1564, Lisboa], Senhor de Prado e Alcaide-Mor de Bragança. Por ordem do Rei D. João III, veio com uma armada ao Brasil a descobrir o Rio da Prata, deixando ao seu arbítrio as disposições daquela conquista por Carta passada em Lisboa, datada de 28.09.1532. Chegando ao Brasil, bateu de frente com uns navios corsários franceses, que andavam nestes mares, tomando uns, e expulsando outros. Foi o 1.º Donatário da Capitania de São Vicente. 

III - o décimo segundo neto, Tomé de Souza [- 28.01.1579], foi nomeado 1.º Governador Geral do Brasil, para onde embarcou em 01.02.1549.

Estes três, todos descendentes de Carlos Magno, Hugo Capeto, Fernando I de Aragão e Castela, Guilherme I da Inglaterra e de D. Afonso Henriques. 

Outras origens: cabe registrar que a origem toponímica deste sobrenome deixa claro o não parentesco entre todos os Souzas existentes. Há famílias com origens diversas, que adotaram este sobrenome, tomado emprestado do lugar de origem. 

Linha Indígena: Sobrenome também adotado por famílias de origem indígena. Na Colônia do Sacramento, registra-se a de André de Souza, «índio», casado em 1690, Colônia do Sacramento, com Clemência.

Linha Africana: Sobrenome também usado por famílias de origem africana. No Rio de Janeiro, entre outras, cabe mencionar a de Teresa de Souza, «parda», escrava de Tomé de Souza Antunes, que foi casada, 1697, RJ, com Manuel de Paiva, «pardo».

Por volta de 1835, quando Porto Moniz (Ilha da Madeira - Portugal) tornava-se concelho, nascia Manuel de Sousa, o patriarca da Família Thom de Souza. O nome era escrito com grafia diferente da atual: Sousa, ao invés de Souza. Seus antepassados devem ter chegado à Ilha da Madeira no século XVI. É possível, porém improvável que Manoel de Sousa tenha sido descendente do lendário Francisco Moniz. Francisco Moniz, o Velho, é dado como um dos mais antigos povoadores de Porto Moniz, devendo, porém, entender-se que foi ele um dos primeiros que ali teve terras de sesmaria e o primeiro que neste lugar constituiu um núcleo importante de moradores com a fazenda povoada que estabeleceu e com a capela adjunta que fundou. Francisco Moniz era de ascendência nobre e natural do Algarve, dizendo alguns linhagistas que casara nesta ilha com Filipa da Câmara, filha de Garcia Rodrigues da Câmara, que era filho natural do descobridor João Gonçalves Zarco, o comandante de barcas que descobriu a ilha do Porto Santo (1418), com Tristão Vaz Teixeira; depois a ilha da Madeira, com Bartolomeu Perestrelo (1419). Independente da linhagem de Manoel de Sousa, interessa saber sua descendência. Ele se casou com Maria de Sousa e foi pai de Antonio de Sousa Barrozo, avô de Antonio de Sousa Barrozo Filho e bisavô de Maria Barroso. Esta última, foi a primeira descendente nascida no Brasil, mais precisamente na Fazenda Capivari, em Ituverava-SP.

A família Vieira, une-se com a família Sousa...


Manuel Cândido Furquim de Souza

Natural do povoado de Sousa, às margens do Rio Sousa, norte de Portugal. Casou-se com Anna Lina de Souza, e tiveram os filhos Augusto de Souza Lino, José Lino de Souza e Nício. José Lino de Souza, casou-se com Maria Bárbara Ribeiro.


José Lino de Souza (José Neco, José Nequinho) e Maria Bárbara Ribeiro de Souza.

Tiveram 6 filhos: José Lino de Souza Filho, Justo Bráz de Souza, Manoel de Souza Lino (Nequinho, dentista prático), Geraldo Vitório de Souza, Carmosina e Luiza.
                                                                        Carmosina


                                                     
                                                             Augusto de Souza Lino

Augusto de Souza Lino, barbeiro, casou-se com Maria José Vieira, neta de Capitão Joaquim Bento Vieira.


Certidão de casamento de Augusto de Souza Lino com Maria José Vieira

2 comentários:

  1. Respostas
    1. http://brasaodefamilia.blogspot.com.br/search?q=souza
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Sousa
      https://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/1207754.html
      https://www.historia-brasil.com/colonia/thome-sousa.htm
      http://www.carlosvilmar.com.br/origem-sobrenome-souza.html

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