Rezsende

REZSENDES - A HISTÓRIA DE UMA FAMÍLIA

RESENDE, PORTUGAL
A cidade de Resende, em Portugal, é o local da origem da família. Foi na região que apareceu pela primeira vez o nome. 

ONDE TUDO COMEÇOU
Os Rezsendes, como a maioria já sabe ou pressupõe, são originários de Portugal. Se olharmos a história vemos que o nome surgiu na região do rio Douro, próximo do Porto, em Portugal. O topônimo RESENDE, segundo pesquisadores portugueses, parece ter origem visigoda, mas não há certeza de quem lhe legou o nome. Uma das hipóteses é que tenha derivado do nome de Dom Rausendo Herminges, bisneto de Ramiro II, rei de Leão, que por volta de 1030 reconquistou a área do Douro, então dominada pelos mouros. Foi nela que construiu o seu paço – palácio ou residência oficial de um rei ou outra autoridade.

Se a origem da família recua até Dom Rausendo, a história da região é bem mais antiga, remontando aos celtas e aos romanos, conquistadas pelos mouros, retomada pelos súditos do rei de Leão e, por fim, transformada em portuguesa. O reconhecimento de Resende como cidade – concelho, em Portugal – foi feito por Dom Affonso Henriques em benefício de seu tutor, Egas Moniz de Ribadouro.

A origem do sobrenome Rezsende, segundo estudiosos, é geográfica e deriva do nome dado à cidade portuguesa de Resende. Inicialmente, chamada de Villa Redisindi, que vem do alemão, Redisiondus. Historiadores registraram, ainda, outras grafias da palavra, como Reesendi, Reisindi, Reezende, Rresende e Reseende. A procedência germânica do vocábulo é comprovada, segundo filólogos que a estudaram e deriva da união de outras duas palavras alemãs – reths e sinths. No que todos concordam é que a grafia original do nome se fazia com S e não com Z.

Quem primeiro usou o sobrenome Resende, segundo os historiadores, foi Martin Afonso de Baião, que também era descendente de Dom Ramiro II, rei de Leão. Ele se estabeleceu em Beira Alta, Portugal, nas terras que recebeu do rei Dom Fernando Magno, por tê-las conquistado dos mouros. Martin Afonso foi o primeiro senhor cristão a povoar a região e foi ele quem fundou a quinta do Paço, que deu lugar ao povoado e, mais tarde, à cidade de Resende. Um dos descendentes de Dom Martin Afonso foi que recebeu o brasão da família, derivado do brasão da família Baião, da ancestralidade de Martin Afonso. Segundo o Armorial Lusitano, o escudo – ao contrário do que se divulga no Brasil – é representado por duas cabras em fundo dourado. No Brasil, há um outro brasão dos Rezsendes, composto pelas cores azul e ouro, sobreposto por uma cruz vermelha. Pesquisadores, no entanto, afirmam que ele é falso e remetem para o Armorial Lusitano, que traz os brasões das principais famílias portuguesas, dentre elas os Rezsendes.

As primeiras menções à família aparecem no Livro de Linhagens de Portugal no século XIII. Dois séculos adiante, os Rezsendes já tinham ganhado importância política e evidência social em Portugal. Em 1798 é que aparece o primeiro titular da família, João Xavier de Morais Resende, que foi o primeiro Barão de Resende.
Antes mesmo de aparecer o primeiro Barão na família, integrantes dos Rezsendes vieram para o Brasil quando da descoberta de ouro em Minas Gerais, em 1693, em busca de riqueza rápida e fácil. Foram eles que lançaram, por volta de 1716, o fundamentos da freguesia de Nossa Senhora da Conceição dos Prados, que mais tarde transformou-se em cidade.

Escudo da família

De acordo com o Armorial Lusitano, este é o verdadeiro escudo dos Rezsendes, derivado do escudo da família Baião, que está na origem de nossa família, pois foi um dos seus integrantes que primeiro adotou o sobrenome, ainda na era Medieval.


Por volta de 1716, João de Rezende Costa, que residia na Ilha de Santa Maria, no arquipélago dos Açores, foi informado por seu primo Miguel, que Portugal estava tentando conseguir povoadores para colonizar o Brasil, pois estava sentindo-se ameaçado pela Espanha, que polemizava a respeito das terras ao Sul do país. E, para isso, estava arrebanhando voluntários, principalmente nas ilhas dos Açores, já excessivamente povoadas.

Com a recente morte de seus pais e não vislumbrando chances de se desenvolver por lá, pois os bens deixados por eles não seriam insuficientes para mantê-lo e a um irmão casado, decidiu vir para o Brasil. Segundo a autora do livro Engenho Velho dos Cataguás, Climéia Rezende Jafet, que romanceia a epopeia de nossa família, uma embarcação partiu rumo ao Brasil juntando gente de Pico, Fayal e Santa Maria e, nela, estavam João, seu primo Miguel e Diogo Garcia, dentre muitos outros. Depois de 2 meses de viagem, os três decidiram que iriam para a Comarca do Rio das Mortes, nos sertões de Cataguases.



Desembarcaram no Rio de Janeiro e tomaram o Caminho Novo, atravessaram serras, o Rio Paraíba e transpuseram a Mantiqueira. Chegaram finalmente à região do Arraial Velho de Santo Antônio, assim chamado até 1718, quando foi elevado à categoria de Vila de São José Del-Rey, hoje Tiradentes.
Diogo Garcia estabeleceu-se em um sítio na Freguesia de Nossa Senhora do Pilar e João de Rezende Costa e seu primo Miguel estabeleceram-se na Freguesia de Prados, no território da então capela de Santo Antônio de Lagoa Dourada. João trabalhava duro, de sol-a-sol, e uns 7 anos após sua vinda já estava bem estabelecido. Por essa época, faleceu nos Açores, vítima de um acidente de pesca de baleias, o amigo de Diogo Garcia, Manuel Gonçalves Correia, o Burgão, deixando viúva Maria Nunes. Eram naturais da ilha do Fayal, também no arquipélago.
A viúva e suas três filhas – popularmente chamadas de - as Três Ilhoas – por influência do amigo Diogo decidiram vir para o Brasil e especificamente para as Minas Gerais. E Diogo Garcia, muito triste com a morte do amigo, é quem foi ao Rio de Janeiro para receber a família e ciceroneá-la até a região onde estava instalado há 7 anos. Segundo Dauro José Buzatti, em Antigos Povoados de Minas nos Campos das Vertentes, ali chegaram por volta de 1723. Uma delas, Antônia da Graça, já era casada com Manuel Gonçalves da Fonseca.

A segunda, Júlia Maria da Caridade, casou-se, em 29/06/1724, com Diogo Garcia e a caçula, Helena Maria de Jesus, morava com esse casal. Foi quando João começou a prestar atenção na menina. Nas visitas ao amigo falava da fazenda que crescia e do nome que lhe daria, Engenho Velho dos Cataguás, construída em 1723. Um dia Helena Maria venceu a timidez e perguntou a João o porquê do nome, ao que respondeu que havia encontrado nas terras que comprara e cultivava duas pedras encaixadas sobre uma maior que tinha a forma de cuia e que imaginou ser um moinho ou engenho para fazer farinha de milho ou de mandioca. Por isso o nome da fazenda.
Helena começou a admirar aquele homem tão sensível que não se envergonhava disso. Pouco a pouco seu interesse foi crescendo ao ver a vontade e o vigor com que ele se atirava ao trabalho, ao cultivo da sua terra. E João, sem notar de imediato, apegava-se à moça loura, cujos olhos verdes lhe passavam doce mensagem de apreço. As coisas progrediram e na manhã ensolarada de 3 de outubro de 1726 João e Helena se casaram. Surgia, então, a família Rezsende no Brasil, transformando Lagoa Dourada no seu berço e mostrando que todos nós viemos de Minas Gerais.

A partir daí a história registra o crescimento da família e sua ativa participação na vida econômica e política do Brasil, começando com José de Rezende Costa, um dos inconfidentes mineiros, que foi condenado à morte na forca, mas teve sua pena comutada em exílio, sendo mandando para a Guiné, na África. Nobre em Portugal e elevada à nobreza no Brasil, a família deu ilustres filhos ao país e hoje conta com políticos, empresários, professores, mas em sua maioria é composta de pessoas anônimas que tem orgulho do sobrenome que carregam e que, muitas vezes, não sabem a história por trás dos Rezsendes e tampouco que não faz a mínima diferença se ele é grafado com S ou com Z, pois somos, na verdade, uma única família, surgida em Portugal e vinda para o Brasil, onde se estabeleceu, cresceu e se espalhou.

Apesar de outros Rezsendes virem antes para o Brasil, os historiadores consideram que o berço da família no país é o atual município de Lagoa Dourada, em Minas Gerais. Na verdade, ela surgiu no Engenho Velho de Cataguás, que fica no município. Foi nele que se estabeleceu, na segunda década do século XVIII, João de Rezende Costa e sua mulher, Helena Maria. Os dois haviam chegado dos Açores. A partir do casal, a descendência se espalhou e hoje encontra-se em todos os cantos do Brasil.


A Família Rezende-Resende começou no Brasil quando o casal açoriano-português João de Rezende Costa e Helena Maria de Jesus, se casaram em 3 outubro de 1726 na Matriz Nossa Senhora da Conceição-Prados-MG, comarca do do Rio das Mortes , e se estabeleceram no Engenho Velho dos Cataguás em Lagoa Dourada-MG onde tiveram 15 filhos, sendo que 10 tiveram descendência. O casamento foi celebrado pelo Vigário Pe. Joseph Pacheco Pereira de Vasconcelos que foi responsável pela paroquia Nossa Senhora do Conceição de Prados entre 1726 a 1729. As testemunhas do casamento foram Capitão Mor Manoel Gonçalves Vianna, Miguel da Costa Pereira, Maria da Assunção e Julia Maria da Caridade moradores da freguesia de Prados. Helena Maria de Jesus nasceu em 15/01/1710 na freguesia de Nossa Senhora das Angustias, Ilha de Faial, Açores e foi batizada em 19/01/1710. Faleceu em 29/03/1772, Prados-MG.

João de Rezende Costa nasceu por cerca de 1695 em Ilha de Santa Maria, Vila de Nossa Senhora de Assunção, Açores e foi batizado na Matriz Nossa Senhora do Assunção e faleceu em 08/09/1758, em Prados-MG. Ambos foram sepultados dentro da Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Prados-MG, Brasil. Esta pequena síntese da historia da família Rezende-Resende no Brasil foi pesquisada em dois livros clássicos da genealogia que foram Genealogia Mineira _ Família Rezende de Arthur Vieira de Rezende e Sila e As Três Ilhoas - Contendo a descendência de Helena Maria de Jesus de José Guimarães.

Padre João de Rezende Costa foi o primeiro Rezende nascido no Brasil, foi batizado na Matriz Nossa Senhora da Conceição de de Prados em 02-11-1727 pelo Vigário Joseph Pacheco Pereira, sendo padrinhos Miguel da Costa Pereira e Maria Pedrosa Morais, esposa do Sargento Mor João Alves Pretto(do livro 3° de Baptismos da Paróquia de Prados, fls. 2 verso). Faleceu em 09-08-1778 como vigário em Aiuruoca e foi sepultado na Capela Mor da Matriz Nossa Senhora da Conceição de Prados- . Foi vigário também na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Prados em 1760, onde haviam se casado seus pais. Deixou testamento em 29 de Maio de 1825. Sem filhos.

Maria Helena de Jesus – foi batizada em 17-04-1729 na Matriz Nossa Senhora da Conceição de Padros. Os padrinhos de batismo foram Manoel Dias de Araújo e Maria Pedro de Morais , esposa de Sargento Mor João Alves Pretto. Casou-se em 15-09-1749 na Matriz Santo Antonio da Lagoa Dourada com o português José Antônio da Silva, filho de André João de Silva e Maria Antonia. O vigário Jerônimo de Souza Barbosa celebrou o casamento. Herdou, morou e faleceu viúva na Fazenda Engenho Velha dos Cataguás, em Lagoa Dourada/MG em 09-08-1812 com testamento datado de 21-04-1812. Deixou 11 filhos:

Padre José Antonio da Silva Rezende
João Antonio da Silva Rezende
Manuel Antonio da Silva Rezende
Capitão Elias Antonio da Silva Rezende
Antonio Castório da Silva Rezende

Padre Julião Antonio da Silva Rezende “Aos 12-10-1764, nasceu e a 29, foi batizado na Capela de Lagoa Dourada, pelo Pe. João de Resende Costa, JULIÃO, filho legítimo do Cap. José Antônio da Silva e Maria Elena de Jesus. Foram padrinhos o Rev° Manoel Martins de Carvalho e Tereza Maria de Jesus, moradores nesta Freguesia dos Prados. – O Coadjutor João Glz. de Moura.” (de fls. 263 do Livro de Aditamentos da Paróquia de Prados).

Ana Antonia da Silva Rezende 
Maria Antonia do Rosário
Luciana Maria de Jesus
Joaquim Antonio da Silva Rezende
Gabriel Antonio da Silva Rezende

Capitão José de Rezende Costa - o Inconfidente pai, foi batizado em 13-07-1730 na Matriz de Nossa Senhora da Conceição dos Prados pelo vigário Nicolau Tavares e seus padrinhos de batismo foram Miguel da Costa Pereira e Julia Maria da caridade esposa de Diogo Garcia . Casou-se com a açoriana Anna Alves Pretto, filha de Sargento Mor João Alves Pretto e Maria Pedrosa de Morais e moravam na Fazenda Campos Gerais, em Lages (hoje Resende Costa). Foi condenado a forca sendo comutada a pena pela rainha Maria I para degredo por 10 anos em Guiné Bissau, na África. Foi conduzido para o degredo em 24-06-1792 as bordo da fragata Golfinho juntamente com seu filho Conselheiro José de Resende Costa e mais dois companheiros. Faleceu em Guiné com 72 anos. Seus ossos foram transladados para o Brasil a pedido de seus familiares. O Dr. Nelson Massini e Eduardo Daruge participaram da reconstituição dos ossos da face do Inconfidente Capitão José de Rezende Costa o qual tem um vídeo que foi divulgado na Globo Telecomunicações. As ossadas foram sepultadas em 21 de abril, dia de Tiradentes, no Panteão do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, onde já estão enterrados outros 13 inconfidentes. Há, ainda, 10 homens que participaram do momento histórico que têm o paradeiro desconhecido — entre eles, o próprio Tiradentes. A identificação dos restos mortais é considerada um marco pelo governo. Seu filho homônimo foi sepultado na Igreja de São Francisco de Assis, em 1850 seus restos mortais foram transladados para o Cemitério do Catumbi, Rio de Janeiro. A ossada do filho homônimo também esta perdida devido ao lapide ter desaparecido da sepultura, logo também não se sabe onde esta sua ossada. Deixou 2 filhos:

Conselheiro José de Rezende Costa
Francisca Candida de Rezende

Capitão Antônio Nunes de Rezende nasceu na fazenda Engenho Velho dos Cataguás, batizou em 13-11-1731 na Igreja Matriz Santo Antonio da Lagoa Dourada.Casou-se com Maria Pedrosa de Morais, filha de Sargento Mor João Alves Pretto e Maria Pedrosa de Morais e morava na Fazenda Paiol Queimado, hoje Resende Costa, deixou testamento em 12-05-1808. Faleceu 27-12-1809 em Resende Costa. Deixou 7 filhos:

Maria Pedrosa Morais
Ana Joaquina Rezende
João Alves Morais
Emereciana Joaquina de Rezende
José Nunes de Rezende
Manuel Nunes de Rezende
Joaquim Antonio de Rezende

Julião, batizou em 03-08-1733 na Matriz Nossa Senhora da Conceição de Prados, onde faleceu em 23-04-1738 com quase 5 anos. Sem filhos.

Ana Maria de São Joaquim, foi batizada em 07-10-1734 na Matriz Nossa Senhora da Conceição de Prados pelo vigário Manoel da Encarnação Justiniano, sendo padrinhos Antonio Marques e Maria Thereza, esposa de Ignácio Franco. Casou em 24/07/1758 com o português Manoel da Motta Botelho, filho de João da Motta Botelho e Francisca Maria Botelho. Ana Faleceu em 28-06-1773, sendo sepultada na Capela Santo Antonio da Lagoa Dourada. . Deixou 8 filhos:

Ana Joaquina de Rezende
João
José
Josefa
Maria
Joaquim da Mota Rezende
Helena
Manuel

Alferes Manoel da Costa Rezende, batizou em 09-04-1736 na Matriz de Prados pelo Vigário Manoel da Encarnação Justiniano. Seus padrinhos de de batismo foram João Gonçalves Chaves e Anna Maria filha de Diogo Garcia.Casou-se na Matriz de Prados com Anna Felipa Ferreira em 02-02-1760, não tem informação quanto ao local de residência, mas há registro de filhos e netos seus em Andrelândia, Pouso Alegre, Itajubá, Paraisópolis, Cachoeira de Minas, São José dos Campos, Campos do Jordão, Campanha e Brasópolis.
Anna Ferreira Rezende
Manuel da Costa Rezende
João Ferreira Rezende
Maria Ferreira Rezende
José da Costa Rezende
Ignácio da costa Rezende


Seu mais ilustre descendente é o Ignácio da Costa Rezende, doou terras para fundação de Cachoeira de Minas onde deixou grande descendência. Deixou 6 filhos:

Padre Gabriel da Costa Rezende, batizou em 27-01-1738 na Matriz Nossa Senhora da Conceição de Prados.-MG, por impedimento do vigário desta Matriz de Prados, Manoel da Encarnação Justiniano, e de sua licença, nesta dita matriz, batizou GABRIEL, filho legítimo de João de Resende Costa e sua mulher Elena Maria, moradores no Caranday desta Freguesia dos Prados. Foram padrinhos João Pereira de Carvalho, morador no Cajuru da Freguesia de N. S. do Pillar da Villa de Sam João de El-Rei e Luiza da Costa Ferreira, desta Freguesia dos Prados, mulher do Ten. João da Costa Pais, (a) padre Manoel Gomes da Costa.” (de fls.131 verso do livro 3° de Batismos de Prados).

Foi vigário em Aiuruoca/MG. Como Coadjutor da freguesia de Prados fez a cerimônia de sepultamento de sua irmã Ana Maria de São Joaquim. Foi proprietário em Resende Costa, da grande Fazenda do Cajuru. Sem filhos.

Helena Maria de Rezende, batizou em 18-08-1739 na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Prados-MG. onde casou-se em 31-01-1757 com o português Alferes Miguel de Souza Ferreira, filho de Paschoal de Souza e Maria Ferreira, sem informação sobre o local onde moravam, mas com filhos e netos em Borda do Campo, Lavras, Perdões, Monte Santo e Queluz (hoje Conselheiro Lafaiete/MG). Deixou 9 filhos:

Clara
Maria
Josefa
João Ferreira de Rezende
Barbara Maria de Rezende
Manuel
Miguel de Souza Rezende
Gabriel
Rafael

Thereza Maria de Jesus batizou em 16-08-1741 na Matriz Nossa Senhora da Conceição de Prados.Casou-se em 05-06-1757 na Capela de Santo Antonio da Lagoa Dourada com o português Caetano Gomes Figueira filho de Bento Gomes Figueira e Maria Luiz. Moraram na Fazenda Figueira, em Lagoa Dourada. Deixou filhos e netos em Brumado (hoje Entre Rios de Minas), Resende Costa, Queluz (Conselheiro Lafaiete), Juiz de fora, Nova Rezende e Uberabinha (hoje Uberlândia/MG). Faleceu em 15-01-1785 e foi sepultada dentro da capela de Igreja de Santo Antonio da Lagoa Dourada-MG. Seu esposo faleceu em 21-06-1801. Deixou 14 filhos:

João
Caetano Gomes de Figueira
Eva
João de Rezende Figueira
Ana Francisca de São José
Maria
Severina
Luiza
Ignácio Gomes Figueira
Antonio
Manuel Gomes Figueira
Não citado no livro de José Guimarães pag 86
Bernardino Gomes Figueira
Helena Maria de São José

Josepha Maria de Rezende, batizou em 17-04-1743 na Matriz Nossa Senhora da Conceição de Prados-MG. Casou-se em 26-09-1764 as 13:00hrs no Oratório da Nossa Senhora da Conceição de Prados-MG, no sitio de Carandai-Prados com o português Coronel Severino Ribeiro, filho de Estevão Ribeiro e Leonarda Maria. Moravam na Fazenda da Cachoeira, em Lagoa Dourada. Foram donos da Fazenda Cachoeira da então Capela de Santo Antonio da Lagoa Dourada. Faleceu em 29-05-1825 em São João Del Rei, sendo sepultada na Capela–Mor da Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Prados em 01-06-1825 com testamento datado em 08-07-1813. Seu esposo faleceu em 21-12-1800. Deixou 15 filhos:

Severino

Padre Antonio Ribeiro de Rezende (Habilitado “de gênere” em 1794, na Cúria de Mariana). “Aos 03-06-1769, nasceu e a 14-06-1769, na Capela de Santo Antônio da Lagoa Dourada, filial desta Matriz dos Prados, postos os santos óleos, foi por mim batizado ANTÔNIO, filho legítimo de Severino Ribeiro, natural do Bispado de Lisboa, e de Josefa Maria de Resende, natural da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição dos Prados, deste Bispado de Mariana; neto paterno de Estevam Ribeiro e Leonor Maria; e materno de João de Resende e Elena Maria. Padrinhos: - o Cap. Antônio de Araújo Braga, por procuração que fez ao Rev°. João de Resende Costa, e Elena Maria. – O Vigário Manoel Martins de Carvalho.” (de fls. 85 do Livro 5° de Batismos de Prados).

João Ribeiro de Rezende
Coronel Geraldo Ribeiro de Rezende
Helena Maria de Santa Ana
José
Leonarda Maria de Rezende
Marques de Valença, 
Estevão Ribeiro de Rezende
Manuel de Jesus Ribeiro de Rezende
Joaquim Fernando Ribeiro de Rezende
Maria Clara de Rezende
Ana Feliciana de Rezende
Francisca de Paula Galgina de Rezende
Coronel Severino Eulógio Ribeiro de Rezende
Vitória

Tenente Julião da Costa Rezende, nasceu em 1744 em Prados. Foi batizado no mesmo ano tendo com padrinho Diogo Garcia. Casou duas vezes. A 1º em 23-10-1769 na Matriz de Prados com Anna Gonçalves de Moura, filha de Capitão João ou José Gonçalves de Moura e Maria Genebra, falecida em 13-02-1790. Casou pela 2º vez em 27-11-1793 na Capela de Gupiara com Francisca Tereza de São José, filha de Guarda Mor Manuel Nunes de Mendonça e Ana Joaquina de Toledo . onde o casal morou em Aiuruoca/MG, havendo registro de filhos seus em Pindamonhangaba/SP. Julião faleceu em 02-01-1808 em Aiuruoca. Em Testamento reconheceu o filho natural com Ana Dante quando era solteiro. Deixou 09 filhos legítimos e 1 natural, ou seja, 10 filhos:

Francisco de Paula
José da Costa Rezende
Julião
Maria Helena
João
Francisca das Chagas Gonçalves
Francisco Rezende da Costa
Antonio Manuel de Rezende Costa
Ana Joaquina de São José
Juliana Rezende da Costa

Gonçalo, batizou em 11-01-1745 na Matriz Nossa Senhora da Conceição de Prados-MG. Parece que faleceu na infância, porém sem registros. Sem filhos.

Alferes Joaquim José de Rezende, batizou 17-04-1747 na Matriz da Nossa Senhora da Conceição de Prados-MG, faleceu solteiro em 06-11-1821 com testamento em 15-12-1818 na fazenda Ressaca-Prados. Foi proprietário de terras e escravos. Sem filhos.

Anna Joaquina de Rezende, batizou em 17-02-1749 na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Prados-MG onde casou em 22-01-1766 na Ermida do Reverendo do João de Rezende Costa com o português Tenente Joaquim Ferreira da Silva, filho do Capitão Mateus Ferreira da Silva e Rosa da Silva. Moravam na Fazenda da Ressaca, em Lagoa Dourada. Faleceu em 23-07-1767 com testamento na fazenda Ressaca e sepultada na Capela da Nossa Senhora da Gloria da fazenda, filial de Prados. Deixou uma única filha:

Joaquina Maria de Rezende

Obs.1: o João de Rezende Costa teve dois irmãos chamados Francisco Costa e Francisca Rezende que deixaram descendência no Brasil, mas pouco se estudou e pesquisou suas descendências. O único pesquisador que levantou alguma informação foi Arthur Vieira de Rezende e Silva publicado no seu celebre livro Genealogia Mineira-Familia Rezende de quase 800 páginas em 1939. O livro esta fora de catálogo e é raro encontrar um exemplar original.


José de Rezende Costa 

 O inconfidente pai, foi batizado em 13-07-1730 na Matriz de Nossa Senhora da Conceição dos Prados pelo vigário Nicolau Tavares e seus padrinhos de batismo foram Miguel da Costa Pereira e Julia Maria da caridade esposa de Diogo Garcia. Casou-se com a açoriana Anna Alves Pretto, filha de Sargento Mor João Alves Pretto e Maria Pedrosa de Morais e moravam na Fazenda Campos Gerais, em Lages (hoje Resende Costa). Foi condenado a forca sendo comutada a pena pela rainha Maria I para degredo por 10 anos em Guiné Bissau, na África. Foi conduzido para o degredo em 24-06-1792 a bordo da fragata Golfinho juntamente com seu filho José de Resende Costa e mais dois companheiros. Faleceu em Guiné com 72 anos. Seus ossos foram transladados para o Brasil a pedido de seus familiares. O Dr. Nelson Massini e Eduardo Daruge participaram da reconstituição dos ossos da face do Inconfidente Capitão José de Rezende Costa o qual tem um vídeo que foi divulgado na Globo Telecomunicações. 

As ossadas foram sepultadas em 21 de abril, dia de Tiradentes, no Panteão do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, onde já estão enterrados outros 13 inconfidentes. 

Há, ainda, 10 homens que participaram do momento histórico que têm o paradeiro desconhecido — entre eles, o próprio Tiradentes. 

A identificação dos restos mortais é considerada um marco pelo governo. Seu filho homônimo foi sepultado na Igreja de São Francisco de Assis, em 1850 seus restos mortais foram transladados para o Cemitério do Catumbi, Rio de Janeiro. A ossada do filho homônimo também está perdida devido ao lapide ter desaparecido da sepultura, logo também não se sabe onde está sua ossada. 

Deixou 2 filhos:

José de Rezende Costa
Francisca Cândida de Rezende


José de Rezende Costa 

O inconfidente filho, condenado à morte na forca, mas teve sua pena comutada em exílio, sendo mandando para a Guiné, na África. Nobre em Portugal e elevada à nobreza no Brasil, a família deu ilustres filhos ao país e hoje conta com políticos, empresários, professores, mas em sua maioria é composta de pessoas anônimas que tem orgulho do sobrenome que carregam e que, muitas vezes, não sabem a história por trás dos Rezsendes e tampouco que não faz a mínima diferença se ele é grafado com S ou com Z, pois somos, na verdade, uma única família, surgida em Portugal e vinda para o Brasil, onde se estabeleceu, cresceu e se espalhou.

O mais novo dos Inconfidentes e único não-sacerdote a voltar do degredo, tinha 24 anos quando se envolveu na Inconfidência Mineira; atrasou sua ida para Universidade de Coimbra, por pretender cursar a universidade projetada pelos conjurados. Após dez anos na África (1793-1803), exercendo cargos no governo de Cabo Verde, obteve licença para passar a Lisboa em 1804, onde serviu em outros cargos; foi para o Rio de Janeiro, em 1809, a chamado do Príncipe Regente; aí, foi encarregado de tudo que era relativo a diamantes. Em 1821, foi homenageado com sua eleição como deputado para as Côrtes Portuguesas por Minas Gerais; foi também deputado na Assembleia Constituinte de 1821 e 1823, e na primeira Legislatura Ordinária em 1826. O prédio da Assembleia era a antiga Cadeia Pública de Vila Rica, e os debates legislativos travavam-se no mesmo lugar onde 31 anos antes ouvira sua condenação; nestes debates, muitas vezes, apontava pensativo para o local onde havia permanecido preso; em 1827 obteve sua aposentadoria e o título de Conselheiro do Império; em 1836, escreveu uma memória histórica sobre os diamantes, seu descobrimento, contrato e administração; em 1840, foi eleito Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, quando, a pedido de outro membro, escreve sua versão da Inconfidência, comprometida pela situação política do país e por suas amargas lembranças. 

Quando retornou ao Brasil em 1803 depois de cumprir pena de dez anos de degredo na África por participação na Inconfidência Mineira, José de Rezende Costa (filho) teria deixado dois filhos na Ilha de Santiago (Cabo Verde). 

Deixou dois filhos no Brasil: 

Antônio Pereira de Rezende 
José Pereira de Rezende 

Deixou parte de seus livros para a Biblioteca Municipal de São João Del-Rei e um conjunto de apólices do Governo do Império para a municipalidade; em 1849, juros dessas apólices ainda foram recebidos e distribuídos aos pobres.

Sobre o funeral: Sepultado na Igreja de São Francisco de Assis, em 1850 seus restos mortais foram transladados para o Cemitério do Catumbi, Rio de Janeiro.





Ignácio da Costa Rezende, nasceu em 1786, no Arraial do Turvo, atual Andrelândia, Minas Gerais, e faleceu em 25/09/1858 em Cachoeira de Minas/MG. Casou-se com Rosa Maria de São Sebastião (ou de Jesus), nascida em 13/05/1783 (?) e faleceu em 08/11/1857 em Cachoeira de Minas/MG.



Estabeleceu-se no Sul de Minas por volta de 1814, quando adquiriu terras na freguesia de Pouso Alegre denominada Fazenda “Cachoeiras”. Em 1º de Março de 1854, Ignácio e Rosa Maria doaram 12 alqueires de Terras da Fazenda Cachoeiras para patrimônio da Capela de São João Batista. Tiveram 13 filhos, dos quais 5 nasceram em Turvo (Andrelândia) com registro em Aiuruoca e os demais nasceram na Fazenda Cachoeiras, com registro em Pouso Alegre.


Filhos do casal:
Manoel da Costa Rezende, nasceu por volta de 1808 (conforme Inventário); sem descendência 
Quintino da Costa Rezende, nasceu por volta de 1810 (conforme Inventário); Ignácia – foi sepultada em 02/02/1811, Andrelândia, conforme livro "Aspectos Históricos da Terra de André" de Marcos Paulo S. Miranda, pagina 97; 
Francisco José de Rezende, nasceu por volta de 1812 (conforme Inventário); 
Inocêncio da Costa Rezende, batizado em 24/01/1814, Andrelândia (conforme Inventário), faleceu com 30 anos, sem filhos; 
Barnabé da Costa Rezende, nasceu em 10/05/1821 na Fazenda Cachoeiras, com registro em Pouso Alegre; .
Rosa Alexandrina Pereira, nasceu na Fazenda Cachoeiras em 31/07/1823, com registro em Pouso Alegre; 
Rozaura Maria Pereira (ou Rosária), nasceu em 01/11/1824 na Fazenda Cachoeiras, com registro em Pouso Alegre; 
Raquel Maria Pereira, nasceu na Fazenda Cachoeiras em 15/02/1826, com registro em Pouso Alegre; 
Lucia Laura Próspera, nasceu por volta de 1827, registro não encontrado; 
Rezende Thobias de Novais, nasceu em 08/11/1828; registro em Pouso Alegre; 
Thobias Rezende de Novais, nasceu em 19/01/1832, registro em Pouso Alegre;
Marianna da Costa Rezende – Citada no livro Arthur Vieira Rezende e Silva – Genealogia Mineira, pág 617. Foi casada e deixou geração (ainda não localizamos seus descendentes).



Francisco Jose de Rezende casou com Custodia Joaquina de Oliveira. Teve pelo menos 12 filhos catalogados:
Francisco Borges de Rezende
Joaquim Jose de Rezende
Antônio Cândido de Rezende
Antônio
Mariana Torquato de Oliveira
Maria Custodia de Rezende
Arminda Maria de Oliveira
Capitão Claudiano da Costa Rezende
Evaristo Borges de Rezende
Felícia Cândida de Oliveira
Fernando da Costa Rezende
Jose Severino de Oliveira



Barnabé da Costa Rezende, casou-se com Maria Cândida de Souza, filha de Gabriel Jose Leite de Faria e Carolina Cândida de Faria. Maria Cândida é irmã da Perpetua Gabriela de Faria esposa de Thobias Rezende Novaes (irmão do Barnabé da Costa Rezende), Antônia Gabriela de Faria esposa do Capitão Joaquim Bento Vieira e de Cândida Carolina de Faria esposa de João de Magalhães Pereira. Na Freguesia de São João Baptista das Cachoeiras, Barnabé da Costa Rezende foi marceneiro; alinhador da Câmara Municipal e suplente de polícia. Teve 8 filhos catalogados:

Joaquim Jose de Souza Rezende
Ana Rezende Souza
Maria do Rosário Souza
Virgínio da Costa Rezende
Cândida
Antônio Deodato Rezende
João Arnaldo de Rezende
Jose Cândido de Rezende

José Severino de Oliveira, filho de Francisco José de Rezende, e Custódia Joaquina de Oliveira, casou-se com Maria do Rosário Souza, filha de Barnabé da Costa Rezende e Maria Cândida de Souza. (logo, primos, o que era comum na época).


Fontes:
Pesquisa e Texto de Ricardo Martins de Rezende
Genealogia: Genealogista Ricardo Martins de Rezende 
Facebook: Familia Rezende-Resende
http://www.facebook.com/groups/familiarezenderesende/

Um comentário:

  1. Parabens primo Mauricio de Souza Lino, pela postagem de nossa origem. Quem tiver alguma ligação com Ignacio da Costa Rezende, meu quartoavó e fundador de Cachoeira de Minas, favor entrar em contato comigo 27-99983-0356(whatsapp)

    ResponderExcluir